sábado, junho 11, 2022

TERCEIRIZAÇÃO - VANTAGENS E DESVANTAGENS.

Mais um momento de prosa com os Professores Marcelo Boeger e Roberto Farias.






Prof Roberto: "Um belo dia, numa palestra sobre terceirização surgiram três perguntas interessantes:

A primeira foi: Qual a principal vantagem para quem decide terceirizar? 

A segunda foi: é mais barato terceirizar ou não

A terceira foi: Quando decidir sobre o que terceirizar?

Prof Roberto: A primeira resposta contribui para responder a segunda. 

Quando uma instituição contrata uma empresa de terceirização deve avaliar alguns aspectos tais como:

- experiência na atividade e mercado foco;

- tecnologia empregada;

- responsabilidade socioambiental;

- responsabilidade sócio-econômica;

- competência técnica gerencial;

- competência técnica operacional;

- estrutura financeira;

- métodos, processos e produtos utilizados;

- SLAs aceitos.

Portanto, após a análise de todas essas informações, o gestor poderá optar ou não pela contratação dos serviços.

Prof. Boeger: Perfeito. Outro ponto importante a destacar, é a elaboração do contrato. Um contrato bem feito, considerando os aspectos da abrangência dos serviços, da capacidade de resposta do contratado diante das contingências possíveis de prever, fará toda a diferença nas rotinas após o inicio dos Serviços.

Prof. Roberto: É verdade.

E não esquecer dos pilares. Os principais pilares de uma gestão de higiene e limpeza hospitalar que tem como foco a produtividade e a redução da ociosidade

são:

- pessoas treinadas,           - produtos adequados        -  equipamentos produtivos

Prof Boeger: Concordo plenamente. Mas temos que lembrar que essas informações não podem ser subjetivas. Pessoas treinadas por quantas horas por mês, com qual conteúdo, qual retenção pretendida como meta?

Produtos adequados e homologados internamente pela área de Controle de Infecção que responda aos riscos identificados pela Instituição e que o prestador pode desconhecer sem um alinhamento entre as partes. E, finalmente, quais equipamentos? Entram em comodato? Quem responde por sua manutenção e gestão? E assim por diante.

Prof. Roberto: Sim. Veja só quanta coisa pode passar quando não se dá a devida atenção nesta fase de contratação.

Prof. Boeger: E os indicadores? Assunto que tanto temos trabalhado, né? Não podemos esquecer que muito da performance e da capacidade de entrega pode se transformar em SLAs.

Prof. Roberto: Exato. Os indicadores darão o norte para as duas partes atuarem adequadamente. E estes parâmetros poderão gerar o alinhamento tão necessário entre estas duas partes. E exatamente essas mesmas ideias valem para as outras contratações na hotelaria: SND, Lavanderia, Portaria e tantos outros...

Prof. Boeger: Sem dúvida. E também não podemos nos esquecer de desenvolver uma matriz e responsabilidade contendo definições importantes quanto a aprovação de uniformes, marcas, apólices de seguros, metas de NPS, evidências e aspectos de sustentabilidade entre tantos outros.

Prof Roberto:  

Ou seja, uma contratação  bem feita, irá tratar de aspectos que são importantes para a rotina dos serviços. Se deixar para se preocupar com estas coisas somente com o contrato já assinado, pode ser tarde demais. 

Prof. Boeger: Excelente. E qual era a terceira pergunta mesmo?

Prof Roberto: Ops... Acho que nos empolgamos com as duas primeiras...

(risos)

A terceira pergunta ficará pra próxima prosa (risos).



terça-feira, maio 10, 2022

Cadê a Roupa que estava aqui?


 *Marcelo Boeger & Roberto Farias 

Roberto Farias: Prof. Boeger, me responde por Deus se eu não estou perdendo o juízo. Sempre que me aproximo das rouparias ou até da hotelaria escuto vozes que parecem ecoar nos meus ouvidos:

- Onde está a roupa que estava aqui?

- Como está faltando se no último inventário tínhamos x mudas?

- Será que foi evasão?

Devo procurar um otorrino ou um psicólogo? Quem sabe um psiquiatra? 

Boeger: Prof. Roberto, essas são as perguntas de um milhão de dólares da hotelaria...

Veja, a roupa se movimenta, viaja diariamente para lá e para cá... essas perguntas ressoam nas rouparias e corredores de hoteis, resorts, pousadas, hospitais e lavanderias há muitos anos. O fantasma do inventário passado nos assombra e tanto que queremos acreditar que foi contado todas as peças na totalidade para que possamos tomar as melhores decisões sobre controles, compras, aquisições etc. 

Roberto Farias: Prof Boeger, então, se existe a possibilidade da roupa simplesmente “desaparecer” na frente de nossos olhos, nos leva a buscar, as vezes empiricamente, os responsáveis nas várias etapas que a roupa cumpre - da rota suja até a rota limpa: entre veículos, rouparias, prateleiras, gaiolas e o processamento das roupas. Podemos, porém, diferenciar que a probabilidade de desaparecer é muito maior na rota limpa do que na suja. 

Boeger:  A roupa não desmaterializa. Mas para continuar a existir como “Ativo”, a roupa depende da observação de diversos elementos desde seu correto uso a seu adequado processamento dentro das lavanderias industriais e nos processos de distribuição e coleta.

À primeira vista, para alguém que não atua neste mercado, pode parecer um controle muito simples e elementar, mas o controle de enxoval no mercado profissional passa por inúmeros elementos que afetam seu desempenho, controle e obriga a seu gestor, em buscar pelo conhecimento de seus possíveis comportamentos, diante de tantas variáveis existentes para tentar prever seu uso, sua vida útil e o seu desempenho.

Roberto Farias:  Sim. Além do perfil de consumo de cada tipo de cliente, da boa performance do algodão e do poliéster, da composição físico-química da água que processa a roupa, dos equipamentos da lavanderia, dos produtos químicos minuciosamente escolhidos para um melhor desempenho e de toda logística por trás das peças, necessária para dispor a roupa certa, ao cliente certo, no momento certo...

Boeger:  Ou seja, mais do que qualquer outro elemento, a gestão correta do enxoval e o conhecimento necessário sobre seu dimensionamento afeta um ativo importante, caro e de um controle minucioso e necessário, de impacto direto na qualidade dos serviços: seja em meios de hospedagem como nas Instituições de Saúde.  

Roberto Farias:  É necessário reunir estes elementos todos e trazer aos gestores os seguintes aspectos para que possam contribuir para: 

• Fundamentar conceitos sobre fibras e classifica os tecidos visando aumentar a compreensão sobre sua utilização e limitações impostas por sua origem,

• Transcrever as vivências profissionais em diversas perspectivas de gestão de enxoval e do processamento de roupas,

• Relatar casos de uso na Hotelaria (meios de hospedagem) como em Instituições de Saúde

• Apresentar tendências, ideias e sistemas de controle,

Boeger:  Quando falamos de roupa, hoteis e hospitais bem dimensionados, não falta e nem sobra. Suas rotinas agregam valor no atendimento, aumentam a segurança, reduzem custos e desperdícios em toda cadeia que a roupa participa: da aquisição ao descarte.

Roberto Farias: Isso daria um belo nome para um livro...

domingo, setembro 13, 2015

Programa Nacional de Certificação de Qualidade de Lavanderias

Programa Nacional de Certificação de Qualidade de Lavanderias

Quem é quem?










Associação Brasileira de Normas Técnicas é o Foro Nacional de Normalização por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais. Entidade privada e sem fins lucrativos, a ABNT é membro fundador da International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização - ISO), da Comisión Panamericana de Normas Técnicas (Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas - Copant) e da Asociación Mercosur de Normalización (Associação Mercosul de Normalização - AMN). Desde a sua fundação, é também membro da International Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica Internacional - IEC).

sábado, maio 09, 2015

GESTAO DA TEMPERATURA NO CICLO DE LAVAGEM E ACABAMENTO DO ENXOVAL NA HOTELARIA

Para Jakobi e Löhr (1987, p. 210) a temperatura utilizada no ciclo de lavagem não é um procedimento estático e padronizado. No Brasil é variada em função do tipo de serviço da lavanderia. Algumas, de pequeno porte lavam roupas em temperatura ambiente, sem aquecimento da água independente do tipo de sujidade. As de médio e grande porte utilizam o fator temperatura nos seus processo de lavagem. Na Europa, em razão da tradição, a temperatura para lavar roupas varia de 30 a 95oC., nos Estados Unidos a temperatura básica é de 55oC. O Japão trabalha com 25oC. e, em casos excepcionais com 40oC. A tradição européia diz que “somente fervida a roupa fica limpa”.[1]
A temperatura é um dos 4 fatores do círculo de sinner e contribui como melhoria do processo de lavagem de roupas, principalmente na eliminação de sujidades oleosas (algumas) na termo-desinfecção das roupas hospitalares e nas roupas contaminadas. 

terça-feira, janeiro 27, 2015

Gestão do Enxoval - da Aquisição ao descarte: Uma visão crítica e sistêmica

O enxoval, nos meios de hospedagem, não pode ser considerado como um problema sem solução. O enxoval deve garantir aos usuários conforto e segurança sanitária, aos investidores do empreendimento, um produto com retorno garantido, a lavanderia uma etapa do ciclo do enxoval. A partir do momento em que o enxoval não oferece conforto, segurança sanitária, retorno sobre o investimento e é um problema para a lavanderia. Tudo está errado. Imaginem se esses "fatos problemáticos" ocorrem com todos os produtos do sistema de hospedagem? Dificilmente teríamos novos investimentos nessas áreas.
Vejam a seguir os slides da palestra realizada pela Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospitalar na Universidade de Viçosa-MG.


Sustentabilidade em lavanderias industriais

Palestra realizada pelos Professores Roberto Maia Farias e Walter Stort Junior, na Faculdades Osvaldo Cruz em São Paulo. 

O fato está consumado: não temos água - é necessário usar a inteligência para produzir com produtividade, rentabilidade e sustentabilidade. O problema não está mais no "pontual" como dito. O problema é fato e é geral. A lavanderia possui recursos tecnológicos para reduzir o consumo de água no processamento do enxoval, quer seja doméstico, quer seja industrial. Pode deixar de ser uma atividade de elevado consumo de água limpa e produtora de água contaminada (sujidades e resíduos físicos, químicos e orgânicos) oriundos do processamento do enxoval. A economia inicia na aquisição dos equipamentos (fator de sustentabilidade da lavadora), na classificação da roupa e sujidades (fibras, tecidos, sujidades leves e pesadas), no processamento (carga nominal completa), na utilização da tecnologia e biotecnologia (produtos inteligentes), no fator de carga adequado, no processamento o enxoval (números adequado de etapas) e finalmente, no uso e reuso consciente da água. 



quinta-feira, outubro 02, 2014

Enxoval hospitalar


A sensibilização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação de normas técnicas é uma das metas das Comissões de Estudo da normalização de artigos têxteis e não-tecidos para uso odonto-médico-hospitalar. A gestora do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17) Maria Adelina Pereira comenta que a certificação de produtos “facilitaria enormemente o atendimento de editais e viabilizaria a redução do custo no de tempo da compra. Os usuários e profissionais da saúde, principalmente, contarão com produtos confiáveis que venham a garantir a qualidade e a segurança do atendimento”.