sábado, fevereiro 11, 2012

POP e Manual de Boas Práticas



Ana Márcia Bezerra
Engenheira de Alimentos
Inspetora da Vigilância Sanitária




11 Por definição, é o documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos higiênico-sanitários e o controle e a garantia da qualidade dos produtos fabricados. 

O Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados são documentos nos quais estão descritas as atividades e os procedimentos que as empresas que produzem, manipulam, transportam, armazenam e/ou comercializam produtos saneantes, medicamentos, alimentos, cosméticos adotam para garantir que os produtos produzidos tenham segurança e qualidade sanitária para seus consumidores e para atender à legislação sanitária em vigor.


Condições de Segurança do Trabalho em Lavanderia




Monografia de Especialização em Engenharia de Segurança
Faculdade Leão Sampaio / Fortaleza - Ceará
Eng. Químico Wilton Lopes Cruz

Nos atuais serviços de saúde, os bons cuidados ao paciente e os melhores resultados são vistos como “produtos” das ações e interações de todas as pessoas envolvidas nesses serviços. A performance é assim o reflexo de uma grande variedade de sistemas e subsistemas que congregam as funções essenciais do dia-a-dia (MEZOMO, 1995).

Nos serviços de saúde, o hospital é um subsistema que engloba vários sistemas e subsistemas contínuos, tais como o administrativo, laboratório, centro-cirúrgico, lavanderia, refeitório, manutenção, transporte, resíduos e produtos químicos, além de outros. A variação depende da complexidade e da especialidade predominante do hospital. Todos estes setores são autônomos, porém interdependentes e transversais. 

Devem interagir e cooperar entre si a fim de atender bem o seu cliente (outrora denominado de paciente), o que necessita de seus serviços. Dentre os setores de apoio do sistema hospitalar, o de processamento de roupas ou a lavanderia, embora ainda não focada como um dos principais fatores do controle de infecção, compõe um destes sistemas, prestando serviços de apoio ao atendimento dos pacientes, responsabilizandose pelo processamento e distribuição da roupa em perfeitas condições de higiene e conservação, na quantidade adequada a cada unidade do hospital (GOODWIN, 1994).

A lavagem de roupas não deverá ser focada exclusivamente como uma simples operação de remoção de sujidades, mas principalmente pelo efeito da segurança (redução da infecção) e do conforto (roupas limpas e aptas ao uso), aos clientes, corpo clínico e ao próprio sistema de saúde (FARIAS, 2006).

A lavagem de roupas não poderá mais ser considerada apenas como uma evolução da lavanderia à beira de um riacho (FARIAS, 2006).


quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Lavanderia Hospitalar RDC n. 6 30/01/2012


LAVANDERIA HOSPITALAR - IMPORTANTE


RESOLUÇÃO - RDC N° 6, DE 30 DE JANEIRO DE 2012

Dispõe sobre as Boas Práticas de Funcionamento para as Unidades de Processamento de Roupas de Serviços de Saúde e dá outras providências.


A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 04 de janeiro de 2012, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretora-Presidente Substituta, determino a sua publicação:

Art. 1º Fica aprovada a Resolução que estabelece as Boas Práticas de Funcionamento para as Unidades de Processamento de Roupas de Serviços de Saúde.



quarta-feira, janeiro 25, 2012

Qualidade Higiênico-Sanitária da Roupa Hospitalar



Segundo Farias, a qualidade da roupa hospitalar pode ser definida como a condição higiênico-sanitária da mesma após o seu processamento de lavagem. As condições operacionais como áreas separadas por barreira física, produtos aprovados (registrados ou notificados) pela ANVISA, operadores com EPI-S (Equipamentos de Proteção Individual Sanitária), processos de lavagem de acordo com as melhores praticas, formulas de alto desempenho fortalecem essa condição sanitária.

A lavagem da roupa hospitalar pode ser considerada limpa (lavada) apenas por está isenta de sujidades aparentes?

É possível considerar essa limpeza como garantia higiênico-sanitária?

A lavagem da roupa hospitalar contraria as recomendações sanitárias de reduzido manuseio pelas características das sujidades (área suja) e do elevado nível de manipulação (dobragem, acabamento etc.) após lavagem.

Quanto aos procedimentos que devem ser aplicado na lavanderia hospitalar, o principal está na higienização das mãos dos operadores e ambientes (mesas, balanças, carros etc).

A garantia está na certificação higiênico-sanitária pela aplicação de análises microbiológicas do enxoval hospitalar. A periodicidade é proporcional a criticidade dos resultados, quanto maior o número de pontos ou nível de contaminação, maior deverá ser o controle e portanto a frequência das análises realizadas.
São dois os procedimentos que podem ser adotados:

1- Análises do enxoval (amostragem) após a lavagem.
Esse pode encontrar falhas pela ausência de parâmetros de comparação. A peça analisada pode não estar contaminada.

2- Análises de amostras previamente contaminadas.
Essa é a mais adequada pois o número e tipo de contaminantes é conhecido (amostras controladas e inoculadas antecipadamente) e poderá, após a lavagem ser comparado com o novo resultado.

O artigo a seguir foi publicado no livro Manual de Segurança na Higiene e Limpeza (FARIAS, 2011)


sexta-feira, janeiro 13, 2012

Centrifugação

A centrifugação é um processo de separação em que a força centrífuga relativa gerada pela rotação da amostra é usada para sedimentar sólidos em líquidos, líquidos imiscíveis de diferentes densidades, separando-os. É usada em diferentes aplicações laboratoriais, industriais e domésticas.

A centrifugação é uma das técnicas de pesquisas mais importantes e de ampla utilização na bioquímica, biologia celular, molecular e medicina moderna. As pesquisas e aplicações clínicas atuais se valem do isolamento de células, organelas subcelulares e macromocélulas, frequentemente em altas concentrações. As aplicações de centrifugação são muitas e podem incluir a sedimentação de células e vírus, separação de organelas subcelulares e isolamento de macromoléculas como o DNA, RNA, proteínas ou lipídios.

A centrífuga usa a força centrífuga (força g) para isolar partículas suspensas em seu meio, seja da forma em lotes ou fluxo contínuo. As aplicações de centrifugação são muitas e podem incluir a sedimentação de células e vírus, separação de organelas subcelulares, e isolamento de macromoléculas como o DNA, RNA, proteínas ou lipídios.

Aumento no efeito da gravidade: a centrífuga

sábado, dezembro 31, 2011

Biotecnologia na Lavagem da Roupa




A lavanderia hospitalar é um setor essencial do grupo de apoio do sistema de saúde. É coordenada pela hotelaria que compõe ainda os setores de governança, rouparia, higiene e limpeza. É responsável pela lavagem do enxoval hospitalar que é composto por lençóis, fronhas, cobertores, toalhas, colchas, cortinas, roupas de pacientes, fraldas, compressas, campos cirúrgicos, máscaras, propés, aventais, gorros, dentre outros. O enxoval hospitalar pode ser classificado em hoteleiro, cirúrgico e de apoio. (KONKEWICZ, s/d; RUTALA; WEBER, 1997).

A utilização do enxoval hospitalar gera sujidades (poeiras, suor, excrementos, fluídos corpóreos, medicamentos etc.), que são classificadas como leve, pesadas, superpesadas (excessivo nível de sujidades) e contaminadas (oriundas de setores contaminados/ infectocontagiosos). (KONKEWICZ, s/d).

A roupa lavada torna-se livre de patógenos vegetativos, mas não se torna estéril. A lavagem é uma sequência de etapas ordenadas de produtos químicos, da ação mecânica (batimento e esfregação das roupas nas lavadoras), da temperatura e do tempo de processamento. (TORRES, LISBOA, 2001; BARRIER, 1994).

A gestão pode ser própria ou terceirizada, interna ou externamente da área do serviço de saúde. O enxoval das clínicas médicas, odontológicas e de outros também devem ser lavadas em lavanderias hospitalares (GODOY et al, 2004).

domingo, dezembro 04, 2011

Lavadoras Extratoras - Eficiência na Lavagem



Eng. Walter Stort Junior Consultoria para Lavanderia e Vapor
CREA 0600 44015 4 wstort@uol.com.br tel 011 3231 0233 cel 011 8346 0211


LAVADORAS EXTRATORAS:
Eficiência na Lavagem Nestes últimos 28 anos de trabalho na área de equipamentos de lavanderia, muitas perguntas foram feitas e algumas respostas foram dadas dentro de nossas possibilidades . Este texto visa ordenar algumas destas questões como forma de alertar para tópicos que podem melhorar o processamento de roupas, minimizar o custo final do processo e proporcionar maior qualidade para o cliente final.

Perguntas como “Quanto gasta de água esta determinada lavadora?“ foram feitas inúmeras vezes e ao longo do tempo fui percebendo que mesmo pessoas com longa vivencia na área nem sempre atinavam para o fato de que a lavadora por ela própria não gasta água! Quem gasta é o processo de lavagem, a não adequada separação e classificação das roupas, o excessivo número de enxagues e também o uso do equipamento fora de suas especificações de capacidade de carga, seja com carga excessiva ou seja com pouca carga.

Outras constatações: “Sr. Walter, este equipamento que foi comprado pela empresa, tem uma característica interessante: Quando colocamos carga completa, ele lava muito bem! Quando colocamos meia carga ele lava mal. E olha que seguimos a indicação correta do fabricante de produtos químicos, com relação à quantidade de gramas de produto químico por quilo de roupa processada!!!!“ Ou seja, o conceito de CONCENTRAÇÃO, foi totalmente esquecido!!

Eu sempre uso em minhas palestras o exemplo do CLORO no copo e pergunto às pessoas: “Voce tomaria um copo de Cloro puro se eu o oferecesse a você agora? E a resposta óbvia é não!!, No entanto esta mesma pessoa entra em uma piscina, num dia quente, após terem “clorado“ a mesma, sem se importar em que a água passe por entre seus lábios, reclamando apenas de um pouco de irritação nos olhos, mas que vale a pena neste dia quente.