sexta-feira, novembro 02, 2012

Sustentabilidade: Indicadores na lavanderia


CAPÍTULO 13
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE NA LAVAGEM DE ROUPA HOSPITALAR
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Roberto Maia Farias

TAKESHY TACHIZAWA / HAMILTON POZO E AUTORES ASSOCIADOS.
GESTÃO E SUSTENTABILIDADE CONTABILIDADE GERENCIAL 
SP: Livros & Cia Cultura e Lazer, 2012.



Resumo: Este artigo tem como objetivo avaliar se o processo de lavagem de roupa hospitalar atende e está em consonância com as práticas de sustentabilidade nas dimensões econômicas, sociais, ambientais e institucionais. O Sindicato das lavanderias de São Paulo adotou o Selo de Qualidade e Sustentabilidade (SQS) como fator de reconhecimento na melhoria da eficiência técnica, econômica e eficácia. 

domingo, outubro 21, 2012

Manchas na lavanderia

26 MANUAL DE REMOÇÃO DE MANCHAS
Prof. Roberto Maia Farias.

Na lavanderia, a roupa com manchas oriundas do cliente ou não removidas na lavagem é um dos pontos críticas do processo, principalmente as não imediatamente identificadas. A tecnologia desenvolve e lança no mercado produtos para uso pessoal, alimentícios, cosméticos, de higiene, de limpeza, medicamentos etc., que são cada vez mais utilizados por todos os segmentos da sociedade, de uso contínuo ou intermitente. Esses produtos podem, em diversas situações, contribuir demasiadamente para o surgimento das manchas em roupas e consequentemente dificultar a sua remoção somente pelo processo de lavagem.


quinta-feira, outubro 11, 2012

Sustentabilidade e Responsabilidade Social


QUESTÕES TÉCNICAS NA ELABORAÇÃO DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE

Marcus Santos Lourenço

RESUMO

O desenvolvimento sustentável tornou-se a principal opção de desenvolvimento socioeconômico da atualidade. A constatação de que o meio ambiente não será capaz de suportar as atuais taxas de crescimento e de consumo da humanidade lançou pesquisadores e outros atores sociais na busca por um modelo de desenvolvimento que possa garantir a qualidade de vida das gerações atuais sem comprometer a capacidade de gerações futuras de sobreviverem e desenvolverem-se. 

Para alcançar a sustentabilidade de um sistema socioeconômico é necessário que se possa avaliar a evolução do sistema em direção a sustentabilidade. Várias ferramentas foram elaboradas na última década com o objetivo de mensurar a sustentabilidade de sistemas econômicos e sociais. 

O presente estudo avaliou três das ferramentas mais usadas e reconhecidas no âmbito da sustentabilidade: o Ecological
Footprint, o Dashboard of Sustainability, e o Barometer of Sustainability. Estas três ferramentas foram analisadas para que se identificassem os principais elementos formadores destes indicadores e seu embasamento teórico-empírico. 

O objetivo final do artigo é tornar disponíveis as ferramentas e teoria necessárias para auxiliar na construção de um bom indicador de sustentabilidade socioeconômica. 

Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável, Indicadores de sustentabilidade, sustentabilidade socioeconômica, meio ambiente, ferramentas de mensuração.

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento sustentável é hoje o termo mais utilizado para definir um novo modelo de desenvolvimento socioeconômico (VAN BELLEN, 2005). O conceito neoclássico de desenvolvimento econômico não contemplava a questão social, nem tão pouco a questão ambiental. 

domingo, outubro 07, 2012

Terceirização: Contratos jurídicos


Márcia Albuquerque Sampaio Farias
Procuradora da Fazenda Nacional
Mestre em Direito Constitucional
Especialista em Direito Público
Advogada

O contrato é um negócio jurídico por meio do qual se cria, modifica, resguarda, transfere ou extingue obrigação. É no contrato que as partes manifestam sua vontade sobre determinado objeto, satisfazendo suas necessidades de negócio. Todavia, mesmo que exista lealdade, boa-fé, interesse das partes, num contrato para se firmar direitos e obrigações, é necessário que esteja redigido dentro das formas legais.

No entender de Leiria (1993), para que o contrato tenha todos os pressupostos legais deve contemplar em seu texto:
• Cláusula de inclusão (quem);
• Título;
• Identificação e qualificação das partes;
• Finalidade da contratação;
• Cláusula de detalhamento (o que, como, quanto e quando);
• Objeto;
• Composição do preço, forma de reajuste e pagamento;
• Cláusulas condicionais, prêmios, etc.;
• Normas técnicas (relativas à execução das atividades), o que e como fazer;
• Cuidados (segurança) sobre métodos, processos e produtos;
• Cartas de especificação (forma de atualização permanente do contrato);
• Cláusula de garantia (resguardo);
• Previsão de risco/execução (responsabilidade, inclusive civil da contratação);
• Cessão, rescisão;
• Danos;
• Prazos;
• Força maior;
• Fórum;
• Cláusula de validação (aceitação das partes);
• Data de fechamento;
• Assinaturas;
• Testemunhas.

De acordo com o Código Civil, art. 104, mesmo que o contrato tenha todos os pressupostos legais, ainda assim devem ser respeitadas as condições que são:
• agente capaz;
• objeto lícito;
• possível;
• determinado ou determinável;
• forma prescrita ou não de defesa em lei.

Qualquer cláusula que faça transparecer ou faça induzir a ilegalidade dessas condições fará o contrato perder seu valor legal. Ninguém poderá alegar ou exigir o cumprimento jurídico-legal com ressarcimento ou indenizações para contratos com objetivos que contrariem a Lei.

17.1.1 Tipos de contratos

O contrato pode ser definido entre as partes de várias modalidades, conforme a seguir:
• verbal ou escrita;
• por instrumento particular ou público.

Secador de Roupa: Gás ou Vapor?


Por que usar preferencialmente VAPOR ao invés de Gás na Secagem de Roupas?

Algumas pessoas me perguntam que tipo de combustível usar para o aquecimento das roupas a serem secas.

Alguns pontos para sua reflexão , para incrementar o uso de vapor , sempre que for possível.

O custo do kcal obtido com uso de biomassa é significativamente menor que aquele obtido com a queima de Gás Natural ou GLP , mesmo em regiões onde o Gás Natural tem incentivo para um uso mais acentuado.

quinta-feira, agosto 23, 2012

Importância da lavanderia hospitalar


A importância da lavanderia hospitalar
Por Janaina Pereira.

Um dos setores de apoio mais importantes de um hospital, a lavanderia hospitalar tem como objetivo básico transformar, no tempo adequado, quantidade determinada e com toda segurança, a roupa suja e contaminada em roupa limpa. E para isso precisa contar com bons equipamentos e muita eficiência no processo Por Janaina Pereira

Um hospital tem diversos setores importantes, mas muitos não são reconhecidos como fundamentais em um primeiro momento. 

A lavanderia hospitalar é um deles. Serviço de apoio ao atendimento assistencial, a lavanderia é responsável por todo o processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene, conservação e segurança em quantidades adequadas para o atendimento da demanda de todas as unidades de um hospital.

Programa 5 S - Qualidade na Lavanderia





O 5 S é uma ferramenta administrativa que auxilia na implantação da qualidade, organização e otimização nas empresas. Criado no Japão, logo após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de auxiliar na reestruturação do País, que necessitava reorganizar suas industrias, melhorando a produção por causa da alta competitividade do pós-guerra.


O programa 5 S visa conscientizar a todos da importância da qualidade no ambiente de trabalho. É a implantação de uma nova cultura que necessita contar com o comprometimento das equipes de trabalho para gerar os resultados esperados, ambientes limpos, organizados, asseio e bem estar que proporcionam condições para uma maior produtividade. 

O Programa baseia –se em 5 conceitos:

O 5S é um programa que visa estabelecer um ambiente de trabalho agradável, organizado e limpo, além de promover nos trabalhadores a conscientização,disciplina e atendimento a padrões. É algo bastante simples, que pode trazer grandes resultados para uma organização no que diz respeito ao envolvimento da força de trabalho e melhoria do ambiente. A produtividade e a qualidade podem ser muito beneficiadas pela implantação do 5S.


terça-feira, julho 10, 2012

Água para Lavanderia, Higiene e Limpeza

Água – sistema primário de higiene

Segundo a E. B. M., a água pura é um líquido inodoro, insípido, transparente e quase incolor, quando em pequenas espessuras, e verde-azulado em grandes massas. É considerada como “solvente universal” pela sua capacidade de dissolver vários tipos de sais minerais e entrar em equilíbrio químico com o tipo de solo existente até sua total saturação. Na Antiguidade, Aristóteles considerou a água como um dos quatro elementos básicos da vida (fogo, terra e ar são os outros três).

Segundo Dacach a água era tida como substância simples até o fim do século XVIII, quando foi obtida em laboratório pela combustão do Hidrogênio. Essa preparação foi realizada pela primeira vez por Henry Cavendish em (1781), e foi decomposta posteriormente (em 1800) por Nicholson e Carlile, por eletrólise.

Segundo a E.B.M. além de exercer grande importância sobre as atividades econômicas e domésticas, tem papel bioquímico fundamental, pois é o constituinte mais abundante dos organismos vivos. Na espécie humana, sua quantidade proporcional é de 90% nos embriões e cerca de 65 a 75% nos adultos. 

Segundo Dacach, apesar de imutável no tempo, a água pode tornar-se totalmente imprópria para qualquer uso e aplicação, inclusive escassa para consumo humano. Deve-se, por essas fortes razões (vitais e ecológicas), cuidar arduamente da água. 

O volume de água é imutável, se for considerado o conjunto hídrico existente (rios, lagos, oceanos, geleiras, bolsões, chuva, etc.). O volume de água varia apenas nos diversos estados em que existe: sólido, líquido e gasoso.


segunda-feira, julho 02, 2012

Lavar roupas - A dinâmica de Sinner na lavanderia

CIRCULO SKILL - A DINÂMICA DE SINNER NA LAVANDERIA
A REVOLUÇÃO NA ARTE DE LAVAR ROUPA

Roberto Maia Farias Professor da Faculdade de Itapecerica da Serra – SP Professor da Faculdade Hotec – SP Especialista em Administração de RH Universidade Federal do Ceará – UFC - CE Especialista em Administração Hospitalar Faculdades Integrada do Ceará – CE E-mail: prof.roberto@hotmail.com


Resumo:
A pesquisa tem como objetivo avaliar os fatores físicos, químicos e mecânicos que interferem nas lavanderias industriais e seu relacionamento com o resultado da lavagem de roupa. A lavanderia adotou como padrão para os processos de lavagem, o círculo de Sinner. Essa proposta foi desenvolvida pela Alemã Henkel, na década de 60, inclui a ação dos produtos (químicos), das máquinas (mecânicos), do tempo e da temperatura (físicos) como relevantes, sendo defendida como os principais fatores da eficiência da lavagem de roupas. A distância cronológica e, principalmente a tecnológica, já são suficientes para uma nova proposta de revisão desses fatores, especialmente, se amparados pelos pilares da sustentabilidade, visão sistêmica, inovação e na relação ambiental (micro e macro) da era pós-globalização. A proposta desse artigo está na ruptura do modelo de visão cartesiana e mecanicista do processo Sinner apresentando uma nova arquitetura gráfica que possa contemplar as variáveis consideradas impactantes no processo de lavagem de roupa. Afirma Prahalad que uma arquitetura estratégica não é eterna. Mais cedo ou mais tarde, o “amanhã” torna-se “hoje” e o que ontem era uma previsão, transforma-se hoje em sabedoria convencional. Os autores afirmam que a teoria de Sinner é um elemento micro ambiental e que a visão da qualidade da lavagem de roupas deve estar focada à fatores macro ambientais como sujidades, tecidos, água e aos stakeholder numa visão ética, justa e transparente. A inovação é uma necessidade latente. A necessidade da inovação enfatiza a relevância dos sistemas de controle nos diferentes contextos estratégicos e pode ser fundamental para o sucesso das organizações. A inovação gera riqueza e faz a diferença entre as organizações que buscam a eternização e as que se comportam como sobreviventes. As que se afastam do modelo sobrevivente conseguem manter a distância competitiva e maximizar seu diferencial de geração de riqueza.


Palavras-chave: Lavanderia; Inovação; Fatores de Sinner, Círculo Skill.


            1-   INTRODUÇÃO

Mas o que você faz quando o ambiente externo muda? “No longo prazo, qualquer organização que não cultive a mentalidade inovadora e continue a fazer o que lhe garantiu sucesso no passado estará fadada ao fracasso”. “Todo ambiente externo muda. A organização deve assumir que as mudanças revolucionárias são inevitáveis”. A inovação não garantirá o sucesso, porém, poderá evitar que a organização fique vulnerável ao fracasso (PETER DRUCKER, 2008[1]).


Inovação: novidade ou renovação[2]. É uma idéia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores. Deve estar relacionada ao mercado e a criação de novos mercados. É a invenção que agrega valores, atende consumidores em suas divesas necessidades, desejos e expectativas. É um meio promotor do potencial da competitividade. (TIGRE, 2006).



quinta-feira, junho 28, 2012

Clorexidina e Cloro na lavanderia: O que acontece na realidade?


CLOREXIDINA E CLORO NA LAVANDERIA:
O QUE ACONTECE NA REALIDADE?
Prof. Roberto Farias[1]
Prof. Fabiano Alves[2]

Introdução

A clorexidina foi desenvolvida (1940) pela "Imperial Chemical Industries Ltd., Macclesfield, England". Como agente antiviral, fracassou, mas foi redescoberta, anos mais tarde, como agente antibacteriano.


Os sais originalmente produzidos (chlorhexidine acetate e chlorhexidine hydrochloride) apresentavam baixa solubilidade em água e foram substituídos pelo chlorhexidine digluconate ou digluconato de clorexidina (BARBIN, E. L, 2008).


O digluconato de clorexidina (CHX) é um antisséptico de comprovada eficácia antimicrobiana com aplicação terapêutica na odontologia; na assepsia de equipamentos, superfícies e mãos nas indústrias que manipulam produtos de origem animal; na limpeza de lentes de contato e nos procedimentos que exigem introdução de cateteres.


Seu uso exige monitoramento considerando a formação de derivados para-cloroanilinas (PCA), dotados de potencial cancerígeno /mutagênico.


A CHX é um sal cujo íon positivo é a clorexidina "C22H30Cl2N10" com massa molecular de 505,4460 g/mol, massa monoisotópica de 504,2032 Da (Dalton) e número de registro CAS "55-56-1". (YEUNG et al., 2007; WISHART et al., 2007; PUBCHEM, 2008). A estrutura química da CHX pode ser ilustrada na Figura 1.



Segundo Barsani, Fillery, Manek, Manzur (2007), Barbin (2008), a combinação da CHX com alguns tipos de produtos provocam reações que podem formar precipitados de variadas colorações - do branco ao âmbar – mediante o pH, temperatura e presença de alguns compostos químicos.


Dentres esses compostos que reagem com a clorexidina está o Hipoclorito de Sódio (NaOCl) largamente utilizado nos serviços de saude (higiene e limpeza) e lavagem de roupas (alvejamento e desinfecção química).


Na lavagem de roupa o NaOCl foi substituido pelo Peróxido de Hidrogênio (H2O2), com o objetivo de eliminar esses inconvenientes no enxoval, principalmente hospitalar.



segunda-feira, junho 18, 2012

Higienização e desinfecção de artigos têxteis


LAVANDERIA HOSPITALAR: UMA ANÁLISE DO PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO E DESINFECÇÃO DE ARTIGOS TÊXTEIS
Daniele Gomes do Nascimento¹,  Etienne Amorim Albino da Silva² e Sabrina Pereira dos Santos³
________________
1. Aluna da graduação em Economia Doméstica, Universidade Federal Rural de Pernambuco. E-mail: dgned@yahoo.com.br.
2. Professora do Departamento de Ciências Domésticas, Universidade Federal Rural de Pernambuco. E-mail: etienneaas@yahoo.com.br.
3. Economista Doméstica. E-mail: estilos_sabrina@yahoo.com.br.
Apoio Financeiro: DCD/UFRPE.

Introdução
A prática de lavar roupas é uma técnica de higienização bastante antiga entre as civilizações. Este processo era inteiramente manual, dispendioso e cansativo levando horas para seu término. Porém, fez e ainda faz parte da vida cotidiana das pessoas tendo pouca evolução ao longo do tempo, a não serem no desenvolvimento  dos  serviços  terceirizados, equipamentos mais eficientes e sofisticados além de produtos tecnologicamente testados. 

Higienizar as roupas é uma atividade cuja finalidade consiste em devolver o aspecto original da roupa, sendo necessário eliminar as sujeiras fixadas com técnicas e equipamentos adequados. Portanto, lavam-se as roupas para atender um princípio da prática da higiene, dando uma melhor aparência, conforto e maciez, de forma que as fibras e as cores sejam preservadas proporcionando uma maior durabilidade das mesmas [1].

Para compreender melhor todo o processamento da higienização e desinfecção das roupas é necessário aprofundar a cerca de alguns assuntos tais como a natureza das sujidades e fibras têxteis. As sujidades são definidas por  [2] como elementos estranhos depositados nos tecidos, recobrindo o fio e impregnando as fibras. Classificam-se em dois grupos: a sujeira sólida e a sujeira líquida. A sujeira sólida é a poeira, argila, sais, carvão, etc. e as sujeiras líquidas resultam da presença de material oleoso, ácidos, secreções da pele, entre outros. Conseqüentemente, a fibra têxtil é a matéria prima utilizada na fabricação de fios e gêneros têxteis, podendo ser natural (de origem: animal,  vegetal e  mineral)  ou  manufaturada (regenerada, modificada, sintética e inorgânica).

Dessa forma, a lavagem de roupas realiza-se nas lavanderias e que de acordo com [1] é o estabelecimento que se destinam a higienizar e desinfetar as roupas. Estes estabelecimentos se classificam em: domiciliar, industrial, self-service e comunitária. A lavanderia industrial divide-se em hoteleira, terceirizada, beneficiamento e a hospitalar.

Principais causas de dor em trabalhadores de uma lavanderia hospitalar






*Educador Físico, Membro Efetivo do ILAFIT, Especialista em Ginástica Médica
FICAB, Especialista em Exercícios Resistidos na saúde, na Doença e no
Envelhecimento - FMUSP, Mestre em Enfermagem/Saúde - FURG e
Membro Pesquisador do GESAES na
Fundação Universidade Federal do Rio Grande.
**Enfermeira, Administradora Hospitalar, Dra. em Enfermagem pela UFSC,
Professora Titular no Programa de Pós-graduação do Curso de Mestrado em
Enfermagem da FURG - Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Líder do GESAES.
 

Edison Alfredo de Araújo Marchand*
Hedi Crecencia Heckler de Siqueira** 

cafp@vetorial.net
www.vetorialnet.com.br/~cafp
(Brasil)
 



Resumo
    Este trabalho tem por objetivo conhecer as principais causas desencadeadoras de dor em trabalhadores de uma lavanderia hospitalar pública. Realizou-se um estudo de caso, descritivo e exploratório. Como sujeitos foram convidados todos os funcionários deste serviço. A coleta de dados processou-se através da observação e entrevista em relação ao teste de percepção da dor localizada. O conhecimento construído apontou como principais causas desencadeadoras da dor o ambiente no qual os sujeitos exercem sua atividade profissional, a organização do trabalho, as relações interpessoais no próprio ambiente de trabalho e com os demais serviços da instituição com os quais se relacionam, a capacidade de trabalho do próprio trabalhador e o tipo e a forma como cada um desempenha a sua atividade. Estes aspectos apresentaram-se de maneira inter-relacionada e demonstraram ser os principais fatores desencadeantes e interferentes na sintomatologia da dor dos trabalhadores.
Unitermos: Causas de dor. Trabalhadores de lavanderia. Hospital.
 



1. Introdução

Grande parte dos trabalhadores passam a maior parte do dia realizando tarefas que têm um grau de exigência variável. As variações podem exigir pouco esforço físico, como as atividades burocráticas, ou demasiado desgaste corporal, como os trabalhadores que desenvolvem atividades braçais. Além disso, essas atividades profissionais podem favorecer a realização de movimentos repetitivos, contínuos e, não raro, serem exercidas com posturas completamente ou em parte inadequadas, com ou sem utilização de equipamento adequado e em ambiente físico desfavorável.

Para refletir a respeito do trabalhador de uma área específica de um hospital, como a da lavanderia, é interessante tecer algumas considerações sobre o seu trabalho, no sentido, não apenas da estrutura e de sua forma, mas especialmente a respeito das relações dos homens entre si, bem como, com o ambiente no qual desenvolvem as suas atividades.


sábado, maio 19, 2012

Lançamento do curso Técnico em Lavanderia


QUALIDADE NA LAVANDERIA

“A lavanderia não pode mais ser considerada como uma evolução da lavadeira a beira do riacho.“

 Roberto Maia Farias 2006.


A sociedade evolui no conceito de que higiene é saúde. A tecnologia evolui com ciência na lavanderia. A legislação do trabalho aprofunda-se em qualidade nas regras para garantir a higiene e Segurança Ocupacional.

A Anvisa (RDC 06 de 31 de janeiro de 2012) recomenda a capacitação profissional desde que contemple as etapas do processamento de roupas de serviços de saúde; a segurança e saúde ocupacional; a prevenção e controle de infecção; e o uso de produtos saneantes. Os sindicatos contribuem nas questões impactantes dos seus “stakeholders” buscando relacionamentos em equilíbrio com sustentabilidade empresarial.

A lavanderia é antes de tudo um enigmático paradoxo.
Movimenta stakeholders de elevada tecnologia (equipamentos, produtos, têxteis, controles via RFID, clientes, fornecedores) renomados consultores, diversos livros específicos, legislações dirigidas, estudos acadêmicos (monografia, dissertações e teses de Doutorado), Sindicatos Patronais e de Trabalhadores, Associações, organiza seminários, congressos regionais, brasileiros etc.

Apresenta-se, pois como um negócio que envolve tecnologia e risco a saúde, mas se distância, em alguns casos, pela baixa qualificação operacional. Sobretudo porque não apresentar um profissional diretamente capacitado e com uma profissão reconhecida em nenhum dos seus diversos níveis hierárquicos.

Essa lacuna na lavanderia é um dos pontos críticos desse sistema equilibrado Higiênico-Sanitário em prol da Saúde com amplo impacto socioeconômico em diversos setores da sociedade.

A Faculdade e Escola Nossa Senhora de Lourdes acatou o estudo Prof. Roberto Maia Farias sobre a necessidade dessa qualificação e lança o curso Técnico em Lavanderia em São Paulo.



CURSO TÉCNICO EM LAVANDERIA.


Uma profissão, alguns profissionais e muitos desafios.

Missão:

Proporcionar o conhecimento técnico do processamento de lavagem de roupas em lavanderias que incluam os serviços de saúde, hotelaria, alimentos, domésticos nos mais diferentes métodos, processos e produtos em todo o seu sistema promovendo o Conforto, Higiene, Segurança Ocupacional com Qualidade de Vida e Sustentabilidade Ambiental.

Visão:

Proporcionar o conhecimento técnico do processamento de lavagem de roupas em lavanderias



Perfil Profissional de Conclusão

Ao finalizar o curso o aluno deverá estar apto para coordenar equipes e setores produtivos de lavanderias industriais e domésticas nas funções técnicas de supervisão, líder operacional de produção e líder de turno. Poderá comandar setores e pessoas envolvidas no processamento e lavagem de roupas nos seus mais diversos segmentos.  Operar equipamentos de lavanderia, reconhecer tipos de tecidos, sujidades, planejar e desenvolver processos de lavagem em conjunto com os fornecedores de produtos químicos, acompanhar e controlar sistemas de estoque, acompanhar e controlar a qualidade dos produtos recebidos, elaborar planilhas produtivas e de qualidade, Analisar indicadores de controle de qualidade higiênico-sanitário da roupa, avaliar escalas de trabalho, controlar o processo de lavagem conforme as melhores práticas produtivas de Qualidade, Segurança Ocupacional e Ambiental.

Disciplinas ministradas

Tópicos de administração; T.I. aplicada à lavanderia; Matemática aplicada à lavanderia; Direito empresarial; Gestão de RH; Administração de Materiais; Qualidade e Vigilância Sanitária I; Segurança e Higiene no Trabalho I; Evolução do Processo de Lavagem e serviços de lavanderia; Fibras Têxteis; Equipamentos para lavanderias; Classificação de sujidades e mecanismo de remoção; Segurança e Higiene no trabalho II; Qualidade e Vigilância Sanitária II entre outra.


Carga horária Total: 1240 horas



O corpo docente será constituído por profissionais com formação superior em Química, Engenharia Química, Engenharia Mecânica, Engenharia de Segurança do Trabalho, Administração de Empresas, Direito, Pedagogia e Enfermagem com formação adequada e larga experiência em lavanderias o que garante o desenvolvimento das competências necessárias e específicas para o aprendizado dos alunos do curso. Poderão ser admitidos outros profissionais que possam contribuir nos aspectos aplicados para o desenvolvimento do curso.


Certificados

Ao aluno que concluir os Módulos I, II, III e IV e o estágio profissional supervisionado, será conferido, o diploma de Técnico em Lavanderia, cujo verso conterá o Histórico Escolar com a carga horária e disciplinas do Curso, bem como o Perfil Profissional de Conclusão.  

Bibliografia básica:


TORRES, Silvana & COVAS, Teresinha. Limpeza e higiene hospitalar, CLR.
ANVISA, Manual de lavanderia Hospitalar, 2007.
FARIAS, Roberto Maia, Manual de segurança na higiene e limpeza. Caxias do Sul-RS: Educs, 2011.
FARIAS, Roberto Maia, Manual para lavanderias, a revolução na arte de lavar. Caxias do Sul-RS: Educs, 2006.
MEZZOMO, Augusto Antonio. Lavanderia Hospitalar. São Paulo: Cedas.


Bibliografia complementar:

AYRES, Dennis de Oliveira, CORRÊA, José Aldo Peixoto. Manual de prevenção de acidentes do trabalho: aspectos técnicos e legais. São Paulo: Atlas, 2001.
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993
CHIAVENATTO, Idalberto. Iniciação à administração da produção. São Paulo: Makron Books McGraw-Hill, 1991.
CHIAVENATTO, Idalberto. Administração de RH. São Paulo: Atlas, 2006.
DANTAS, Evandro Vieira. Tratamento de água de refrigeração e caldeira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1988.
LONDOÑO, Gustavo Malagón. MOREIRA, Ricardo Galán. LAVERDE, Gabriel Pontón. Administracion hospitalaria. Montevideo – Uruguai: Ed. Medica internacional, 2000.
MAMEDE, Gladston. Manual de direito para administração hoteleira: Incluindo análises dos problemas e dúvidas jurídicas, situações estranhas e as soluções previstas no direito. São Paulo: Atlas, 2002
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistema organização e métodos, 10. ed. Cidade: editora, ano.
PETROCCHI, Mário. Hotelaria: Planejamento e gestão 2. ed. São Paulo: Futura, 2002.
ROTHERY, Brian. ISO 9000. Cidade: Makron Books, ano.
SILVA jr. Eneo Alves. Manual de controle higiênico sanitário em alimentos, 2. ed. São Paulo: Varela, 1996.
TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual do planejamento e controle de produção, 2. ed. São Paulo: Atlas,  2000. Entre outras





domingo, abril 29, 2012

Ergonomia na Lavanderia Hospitalar - ENEGEP


XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção 
Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002
ENEGEP 2002 ABEPRO 1 

INTERVENÇÃO ERGONÔMICA EM SERVIÇO DE PROCESSAMENTO DE ROUPAS DE UM HOSPITAL SOB ENFOQUE PARTICIPATIVO 
Lia Buarque de Macedo Guimarães, Ph.D, CPE  
Júlio Carlos de Souza van der Linden, M. Eng.

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção/UFRGS 
Praça Argentina, 9, Sala LOPP 90040.020 – Porto Alegre, RS 

1. INTRODUÇÃO 

A lavanderia tem uma importante função no desenvolvimento das atividades de um hospital. 
Trata-se de um setor de apoio cujo papel é, por vezes, subestimado pela alta administração, mas que afeta as atividades de todas as demais áreas. Cirurgias, internações, procedimentos ambulatoriais, entre outros, são fortemente dependentes do correto desempenho dos processos das lavanderias hospitalares. Atrasos na reposição do enxoval, por exemplo, podem gerar sérios transtornos no atendimento às demandas das diversas unidades do hospital, com o não cumprimento de atividades programadas.   
  
Do ponto de vista do gerenciamento de riscos hospitalar, as lavanderias constituem-se em um sério problema. Não atingem diretamente o paciente, a não ser raros casos, mas podem representar sério risco para os seus funcionários. 

Nas classificações de risco, são consideradas áreas críticas, por oferecerem risco potencial aos funcionários, devido à manipulação de materiais infectantes, realizadas, freqüentemente, sem os devidos cuidados. A qualidade de uma lavanderia hospitalar, portanto, implica em dimensões diversas daquelas presentes em uma lavanderia comum. 

Enquanto nessa a qualidade está relacionada ao produto final e ao prazo, no hospital a componente segurança tem um forte peso. 

Com base nessas considerações, este artigo apresenta parte de uma intervenção ergonômica realizada junto ao Serviço de Processamento de Roupas de um hospital em Porto Alegre, referente à Área Suja. Nesse trabalho, foram identificadas as demandas dos funcionários do setor e discutidas, com estes, algumas alternativas de melhorias.