“A lavanderia não
pode mais ser considerada como uma evolução da lavagem de roupas a beira de um
riacho[1]”
A afirmativa do autor pressupõe que a
lavanderia apenas evolui nos método/processo/produtos de lavagem
desconsiderando o benefício da própria lavagem de roupas; o que é verdade se for
focado o círculo de sinner[2]
com fator fundamental e de elevada representatividade do processo de lavagem.
Não se afirma, porém que o mesmo deva ser eliminado/desagregando como fator do processo
de lavagem, mas amplia-lo para uma dimensão sistêmica cujo escopo da lavagem de
roupa contemple principalmente a segurança sanitária pela higienização das
roupas.
A lavagem de roupa é um processo que marca
forte influencia no conforto e na saúde dos seres humanos e, portanto merece
ampla associação para o fato de que a ausência ou a inadequação da lavagem pode
provocar alguns pontos críticos e interferência no conforto e na saúde dos
usuários de roupa. O que parece ser óbvio quando se fala em lavagem de roupas ainda
pode ser considerado místico aliado a elevadas doses procedimentos empíricos. A
lavanderia necessita revolucionar a arte de lavar.
O ponto divisor dessa revolução não é
simplesmente a evolução da lavanderia a beira de um riacho, nem a evolução
social e econômica da sociedade. A linha divisória da revolução está na
qualidade na lavagem de roupas que será solidificada e sustentada pela
aplicação (exigência) da legislação sanitária, trabalhista e ambiental. As
legislações funcionam com filtros de qualificação dessa visão revolucionária da
lavanderia.
A legislação sanitária, desde épocas remotas,
aponta para a lavanderia hospitalar como forte fator de contribuição nos
índices da infecção hospitalar. Deixou claro essa influência ao legislar diretamente
para esse fim com regras bastante rigorosas de vão desde a definição da planta estrutural
até o sistema de meio ambiente e gestão de resíduos. Interferiu também com a
legislação trabalhista ao editar uma Norma Regulamentadora específica: a NR 32
e a ambiental com a gestão de resíduos do sistema de saúde GRSS.
A lavagem de roupas tem uma nova filosofia de
maior dimensão espacial conforme mostra o círculo skill a seguir:
Fonte: Manual para
lavanderias – a revolução na arte de lavar
Este trabalho tem como objetivo contribuir na
apresentação de recursos para que as lavanderias possam iniciar seu processo de
revolução não somente estrutural, mas principalmente conceitual. Os
procedimentos estruturais de qualidade são necessários como meios para atingir
o objetivo final, porem somente métodos não se tornam suficientes para
resultados satisfatórios, é preciso internalizar a filosofia da qualidade que
acima de tudo prever o uso harmônico e eficiente de recursos na produção de
resultados que agregam valores positivos as organizações e aos stalkeholders.
A Administração com suas Teorias tornaram-se pilares
do processo de qualidade desde os tempos mais remotos de pré-Taylor até os
atuais métodos pós-Peter Drucker independente das ênfases mecanicistas, humanísticas
e ambientalistas, qualquer que seja a estrutura, os insumos produtivos
(capital/terra) e os recursos humanos (trabalho).
A gestão de qualidade na lavanderia é sem
dúvidas uma revolução de práticas virtuosas (Boas Práticas) ao longo de gerações.
Ela decorre da estática da evolução e aplicação de métodos, processos e
produtos de forma prática com pontos estruturados da ciência.
As práticas virtuosas objetivam reconhecer procedimentos
adequados, evoluir pelos acertos e reiniciar pelas falhas como fator de
melhoria contínua. A prática viciosa insiste na melhoria de procedimentos empíricos
e, portanto inúteis. Não agregam valores e geram perda de tempo, recursos e ainda
produzem produtos (roupa lavada), inadequadas ao mercado (desgastes, sujas ou
manchadas).
Processos empíricos geram despesas e
prejuízos. Esses resultados não podem ser consideradas integrantes do processo
de lavagem de roupas.
A gestão de qualidade da lavanderia deve ser
implantada por motivos óbvios e ainda pela exigibilidade legal como a legislação:
(Sanitária/Trabalhista/Ambiental), as teorias da Qualidade (CDC/ACREDITAÇÃO/ISO
9001/14000/OSHA 18000 etc.) e essencialmente no foco do mercado: (Concorrência/Lei
da Oferta e procura.).
Alguns dos inúmeros motivos existentes para iniciar um programa de
qualidade na lavanderia:
§ Os tipos de fibras
evoluíram;
§ Os tecidos e as
cores se multiplicam continuamente;
§ As sujidades são
dinâmicas;
§ A água utilizada na
lavagem ficou escassa;
§ Desperdícios
energéticos significam agressão ao meio ambiente;
§ Clientes ficaram
mais exigentes e apoiados na legislação (CDC);
§ O conforto pela
roupa limpa é exigido com maior rigor;
§ A segurança
sanitária é fundamental no Controle de Infecção Hospitalar;
§ Legislações
sanitárias específicas foram elaboradas para lavanderias;
§ Ficou evidente a
necessidade de treinamento e capacitação operacional;
§ Máquinas, Produtos
e utensílios aplicam tecnologia de ponta;
§ A roupa limpa virou
símbolo de saúde;
Gestão e Controle de Produção na Lavanderia.
Autor: Prof. Roberto Maia Farias
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