sexta-feira, novembro 02, 2012

Sustentabilidade: Indicadores na lavanderia


CAPÍTULO 13
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE NA LAVAGEM DE ROUPA HOSPITALAR
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Roberto Maia Farias

TAKESHY TACHIZAWA / HAMILTON POZO E AUTORES ASSOCIADOS.
GESTÃO E SUSTENTABILIDADE CONTABILIDADE GERENCIAL 
SP: Livros & Cia Cultura e Lazer, 2012.



Resumo: Este artigo tem como objetivo avaliar se o processo de lavagem de roupa hospitalar atende e está em consonância com as práticas de sustentabilidade nas dimensões econômicas, sociais, ambientais e institucionais. O Sindicato das lavanderias de São Paulo adotou o Selo de Qualidade e Sustentabilidade (SQS) como fator de reconhecimento na melhoria da eficiência técnica, econômica e eficácia. 



O SQS é aplicado por meio de um Sistema de Gestão Integrado (SGI) contemplando as normas ISO 9.000, 14.000 e OHSAS 18.000. O sindicato defende que a lavanderia hospitalar que adote e se enquadre no SQS está de acordo com padrões de sustentabilidade e pode ser considerada uma empresa sustentável. Este ensaio científico busca responder alguns questionamentos: A lavanderia é uma atividade sustentável? O SQS é uma garantia de reconhecimento de uma lavanderia sustentável? Quais os indicadores adotados para se atender ao padrão de sustentabilidade? O que é a sustentabilidade? Segundo Bellen é o conjunto integrado de requisitos de desempenho ambiental, econômico e social reconhecido como triple bottom line. Afirma Gomes (2004, p. 4 apud ROMEIRO, 1998, p. 248) que “o desenvolvimento para ser sustentável, deve ser economicamente eficiente, ecologicamente prudente e socialmente desejável”. O SQS não contempla a dimensão econômica e diante dessa dicotomia é possível afirmar a existência de um gap entre a arquitetura do SQS com a estrutura da sustentabilidade. Lavar roupa é uma atividade insalubre ao homem e ao meio ambiente (risco de contaminação e alto consumo de água limpa) e, portanto com elevada “insustentabilidade”. O resultado da pesquisa demonstra que existem lavanderias com características de qualidade e atendimento a legislação socioambiental, porém não podem ser consideradas atividades sustentáveis. O SQS pode contribuir para a tendência de ações sustentáveis e de responsabilidade social, porém não significa sustentabilidade. Ao finalizar o diagnóstico, foi sugeridos indicadores de avaliação econômico e operacional com redução no impacto ambiental e risco ao trabalhador.
PALAVRAS-CHAVE: Indicadores de Sustentabilidade, Lavanderia hospitalar, Meio ambiente.


13.1. Introdução
Segundo Azevedo (2006), o meio empresarial não se restringe meramente ao âmbito financeiro; existe uma conjugação de fatores que indica que a eternização empresarial foge da dimensão simplicista com o lucro. A preocupação unicamente com o lucro pode excluir a aceitação ambiental e provocar a geração incontrolada da poluição do solo, da água e do ar provocando mudanças ambientais e climáticas reduzindo os insumos produtivos naturais dentre outros impactos socioeconômicos e geoambientais.



A geração sustentável da riqueza sai do escopo do lucro como fator de crescimento e entra na dimensão da sustentabilidade socioeconômica como base para o desenvolvimento. Crescer já não é fundamental: perenizar e eternizar são símbolos de sustentabilidade.

A sustentabilidade não pode mais ser tratada como uma ideologia “abstrata” de ambientalistas; é, antes de tudo, um fato(r) social concreto de sobrevivência, inclusive com amparo Jurídico do Direito Ambiental conforme Art 3 da lei 6.938/81 que define o um conjunto de condições, leis, influências e interações da ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rega a vida em todas as suas formas. 

A conscientização com a temática sustentável passa pela pressão do mercado mundial e, principalmente pela exigência das leis governamentais.

Algumas empresas vão além dessas exigências e adotam estratégias que consideram a preservação ambiental, a transparência das ações, a responsabilidade com o crescimento econômico do país e o compromisso com o bem estar social como fontes de rejuvenescimento empresarial.

A sustentabilidade já pode ser verificada como um dos quesitos para contratação de produtos ou serviços entre empresas e considerada fator condicionante ao fechamento de novos contratos. Alguns órgãos exigem plano de ações para uso racional de água, energia, produtos recicláveis, coletas seletivas, práticas comportamentais não abusivas, ações éticas, transparentes e dignas em relação ao capital e trabalho.

O estudo desse artigo foi realizado no ambiente de Lavanderia Industrial Hospitalar. Foram classificadas empresas consideradas como referencias do setor por região selecionada. As lavanderias estão localizadas nos Estados do Ceará, Pernambuco, Distrito Federal e São Paulo. Foram selecionadas pelas características: maiores e menores, certificadas ou não (ISO 90001:2008/ 14:000 / OHSAS 18000) e ONA (Acreditação) terceirizadas ou não.

A pesquisa foi acompanhada pelo pesquisador e sempre na presença de Representantes da Diretoria (RD) / Diretoria Industrial e/ou Gerência Operacional. O pesquisador focou quatro aspectos relevantes na lavanderia: A relação ambiental estratégica Macro (gráfico de Farias) e Micro (fatores de Sinner), o consumo racional de insumos, a segurança ocupacional e as práticas de sustentabilidade como eternização da organização.

A visão sustentável deve focar para além dos produtos produzidos, como também fixar metas proativas para os subprodutos resultantes desse processo minimizando / eliminando impactos negativos ao homem e ao meio ambiente.

Dos processos, dois são considerados de maior relevância: a QVT e as práticas ambientais. Lavar roupas é um trabalho insalubre ao homem e ao meio ambiente. Ao homem, pelo alto nível de agressividade visual, (roupas sujas e com excrementos humanos) física (ergonômica, ruído, calor, fadiga etc.) comportamental (stress, conflitos) e biológica (contaminação microbiológica). Ao meio ambiente, pelo elevado volume de insumos naturais utilizados (água) e posteriormente descartáveis como resíduos sólidos (excrementos e têxteis) e líquidos (água com sujidades da roupa e produtos químicos) poluídos e contaminados resultantes do processo da lavagem de roupa hospitalar.

A pesquisa demonstra que algumas lavanderias não certificadas pelos padrões ISO operam em acordo com lavanderia certificadas em diversos quesitos, principalmente ambientais e trabalhistas por simplesmente atenderem a legislação vigente. Atender a legislação é apenas um efeito de Responsabilidade Legal. A responsabilidade Social vai mais além do que atender a legislação.

As considerações conclusivas indicam a necessidade da participação ativa de outros atores da cadeia produtiva da lavanderia para garantir a sustentabilidade da mesma. A água, as fibras têxteis, tecidos, produtos, cores, sujidades são elementos que impactam diretamente na seleção dos métodos, processos e produtos da lavanderia. São fatores externos não controláveis e que alteram a dinâmica de Sinner e comprovam a validação do Gráfico de Farias (Círculo skill) de que a lavanderia deve ampliar seu limite de atuação se pretende integrar-se como uma atividade sustentável. No pode mais ser considerada como uma evolução da lavadeira a beira de um riacho. 


O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso que se baseia na abordagem sugerida por Tachizawa (2008). O artigo, representativo de um estudo de caso, deve ser desenvolvido a partir de uma análise detalhada da atividade enfocada, sendo esta, segundo o autor, a situação mais comum.

Embora sem a pretensão de esgotar o assunto, a abordagem é significativa e permite que além da monitoração dos indicadores, novas tecnologias apontem para reduzir os danos provocados pela lavagem de roupa hospitalar ao meio ambiente.

A prática sustentável é uma linha de raciocínio produtivo que fideliza (pereniza) clientes e fornecedores e atraí (eterniza) investidores e a sociedade como aliada da organização.

A sustentabilidade é uma ruptura revolucionária para os padrões produtivos arcaicos e irresponsavelmente sociais. No futuro próximo as organizações serão eleitas e selecionadas pelo consumidor como parceiras pelas virtudes apresentadas ao bem-estar socioeconômico e ambiental. Aspectos como velocidade de atendimento, praticidade e acesso ao produto/ serviço serão patamares de competitividade entre as empresas sustentáveis.

Prahalad e Hamel (2005, 55) afirmam que a evolução é estática e, portanto será lenta e baseada em mutações genéticas pequenas e não planejadas. Algumas evoluções podem aumentar as chances de sobrevivência, mas a maioria não. O sucesso da inovação está na mente revolucionária. A tecnologia deve visualizar não somente aspectos pontuais para métodos, processos e produtos, mas principalmente para o ambiente sistêmico.

A visão sistêmica prever a inovação como contínua e essencial. Deve estar condicionada ao resultado do produto no mercado. Inovar não garantirá o sucesso, porém afastará o fracasso (PETER DRUCKER 2008).


Por processos sistêmicos entende-se o conjunto de tarefas executadas a partir de insumos e transformadas em produtos com um ou mais itens de controle, realizado por uma ou várias pessoas (TACHIZAWA, 2006).

A inovação deve incluir como pilares do sucesso, Boas Práticas de Responsabilidade Social, Governança e Sustentabilidade conforme enunciado no relatório do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

A sustentabilidade na visão econômica “ver” o mundo como estoque e fluxo de capital financeiro, social e humano harmonizado em alocação, distribuição e escala. Para Bellen a sustentabilidade é o conjunto de requesitos de desempenho ambiental, economico e social reconhecido como tripple bottom line que permite a prosperidade empresarial, com qualidade de vida no trabalho, ética, transparência e dignidade humana atrelada a um baixo impacto ambiental

A Sustentabilidade Empresarial pressupõe, dentre outras, a habilidade de, concomitantemente, ampliar a atividade econômica, reduzir os impactos ambientais e contribuir para a melhoria da qualidade de vida humana (Barata, 2003). A importância das variáveis é percebida no Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSGI - 1999) incorporando aos tradicionais valores empresariais, os princípios da tecnologia inovadora, do bem estar social e da responsabilidade ambiental, dentre outros.


O resultado demonstra que a atividade lavanderia não é sustentável, mas existem lavanderias com avançados padrões de qualidade em relação às exigências da legislação ambiental, relações trabalhistas (CLT e Sindicatos) que podem evoluir e ampliar a participação nas ações sustentáveis e de responsabilidade social. Ao finalizar o diagnóstico, foram sugeridos indicadores de avaliação econômico e operacional com redução no impacto ambiental e risco ao trabalhador.

O autor sugere como prática sustentável a gestão dos resíduos e principalmente a redução do consumo dos insumos (água, lenha, gás, combustíveis fósseis, plásticos, produtos químicos etc.), utilizados no processo da lavagem de roupa. Sugere, portanto dois parâmetros para iniciar a identificação dos indicadores. O primeiro em acordo com as exigências legais, sanitárias e trabalhistas e o segundo na prática da redução dos valores permissíveis para patamares abaixo da linha limítrofe. 

13.4.2.1 Indicadores de Dimensão Ambiental na lavanderia hospitalar A dimensão ambiental aponta para informações relacionadas com o uso dos recursos naturais, ciclo harmônico e a degradação ambiental, organizadas nos seguintes temas: atmosfera, terra, água (doce, oceanos, mares) em seu ciclo de captação, utilização, tratamento, reuso e reciclagem. Prever a Redução das Emissões de gases nocivos, de efluentes líquidos e de resíduos sólidos; Consumo consciente dos recursos água e energia; Conformidade com as normas ambientais; Exigência de um posicionamento socioambiental dos fornecedores; Uso racional dos materiais utilizados na produção; Investimentos na biodiversidade; Programa de reciclagem e Preservação do meio ambiente. 

13.4.2.2 Indicadores de Dimensão Social na lavanderia hospitalar.
Em sua dimensão social, os indicadores abrangem os temas população do entorno, trabalho e riqueza, segurança ocupacional e saúde. Inclui participação sociopolítica na educação, habitação e segurança, vinculados à satisfação das necessidades humanas, melhoria da qualidade de vida e justiça social. Desenvolvimento da comunidade/sociedade; Segurança do trabalho e saúde ocupacional; Responsabilidade social; Treinamento; Cumprimento das práticas trabalhistas; Seguridade dos direitos humanos; Diversidade cultural.

13.4.2.3 Indicadores de dimensão econômica
A dimensão econômica dos indicadores busca retratar o desempenho macroeconômico e financeiro, os impactos no consumo de recursos materiais e uso de energia, mediante a abordagem dos temas quadro econômico e padrões de produção e consumo. Aumento ou estabilidade do faturamento; tributos pagos ao governo; folha de pagamento; maior lucratividade; receita organizacional, investimentos e aumento das exportações (relacionamento com o mercado externo). 

13.4.2.4 Indicadores de dimensão institucional.
Por sua vez, a dimensão institucional, desdobrada nos temas quadro institucional e capacidade institucional, oferece informações sobre a orientação política, a capacidade e os esforços realizados com vistas às mudanças necessárias para a implementação do desenvolvimento sustentável. Dimensão Institucional Impacto Descrição de Insumos e impactos Quadro institucional Relações com sindicatos dos trabalhadores; Índice de Satisfação dos clientes; satisfação dos fornecedores; satisfação dos funcionários; satisfação dos entorno; Capacidade Institucional Missão, Visão e valores éticos e justos; Pesquisas de melhoria produtiva P&D; Participação em ações sociais; Índice de participação nos lucros; Certificados de Qualidade do processo; Certificado de Qualidade de Vida no trabalho; Certificado de Qualidade Ambiental


Os indicadores são apresentados sob a forma de tabelas, de gráficos e de mapas, precedidos de uma ficha contendo a descrição das variáveis utilizadas em sua construção, a justificativa e, em casos específicos, comentários metodológicos, incluindo, ao final da publicação, um glossário com a conceituação da terminologia utilizada (TACHIZAWA 2007, 212). Contemplam série histórica e abrangem informações sobre o País e Unidades da Federação, se possível, permitindo o acompanhamento dos fenômenos ao longo do tempo e o exame de sua ocorrência no território.

13.5. Conclusão
13.5.1 Conclusões específicas

Embora amparada pelo Selo de Qualidade e Sustentabilidade (SQS) a atividade lavanderia não pode ser considerada uma atividade sustentável sem intercorrer com as interferências da cadeia produtiva e, principalmente as necessidades dos stakeholders, as práticas de segurança ocupacional e aos avanços tecnológicos dos equipamentos e a tecnologia e a biotecnologia dos produtos.

O SQS não contempla, por exemplo, os indicadores econômicos necessários à complementação do triple bottom line. Existe, portanto, um gap entre o mesmo e a sustentabilidade. O SQS está amparado na GSI (gestão do sistema integrada) que aponta para as Normas ISO 9000 / 14.000 e OHSAS 18.000



A sustentabilidade prevê a harmonia com o sistema econômico e ainda a adoção da ISO 16.000 / SA 8.000. As organizações estão cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar desempenhos ambientais, econômicos e sociais adequados, controlando impactos de suas relações, processos, produtos e serviços na sociedade, de forma consistente com sua política e com seus objetivos de responsabilidade social. Nessa visão afirma o Bureau Veritas que a NBR 16001 estabelece requisitos para a implementação de um Sistema de Gestão de Responsabilidade Social (SGRS) passível de integração com outros sistemas de gestão. Um SGRS eficaz permite promover a cidadania, o desenvolvimento sustentável e a transparência das atividades da organização. A certificação na norma NBR 16001 possui acreditação do INMETRO.

O conceito de responsabilidade social é frequentemente associado à concepção do Desenvolvimento Sustentável desenvolvido pela Comissão Brundtland e aceito pela conferencia da ONU - Rio de Janeiro, 1992. O novo modelo estrutural de SGI contempla a ISO 16.001 conforme mostra a figura a seguir.

Fonte: http://www.novofocogestao.com.br/index.php/a-empresa/

A lavanderia hospitalar é alvo de exigências sanitárias legais das Resoluções da Vigilância Sanitária (Anvisa), da legislação ambiental (meio ambiente) e trabalhista (CLT e NRs). Evidentemente que outras ações além das exigências legais são necessárias para permitir a aplicação do conceito de empresa sustentável.

No âmbito da legislação do trabalho não é somente atender aos requisitos legais, a dignidade é um dos pontos de satisfação e felicidade no trabalho. Na legislação ambiental, tratar a água e devolve-la ao meio é o pré-requisito legal, porém, reduzir o consumo e utilizar racionalmente é a evolução à sustentabilidade. 

As normas ISO 9001, 14001 e OHSAS 18001 definem, em resumo, cada parte de um sistema de qualidade organizado. A gestão Integrada da organização é utilizada para desenvolver suas políticas e para gerenciar seus aspectos e impactos. Por outro lado, e por ser mais abrangente que as demais normas citadas, a NBR 16001 define a gestão como um conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos, voltados para estabelecer políticas e objetivos, bem como para atingí-los. 

Têm por objetivo prover as organizações de um modelo de gestão eficaz que possa ser integrado aos outros requisitos existentes. Esse fator de integração é o ponto-chave na gestão e negócios da organização. Em todos os sistemas de gestão percebe-se que a estrutura pode ser organizada nas seguintes categorias como Política de Gestão; Planejamento; Implementação e Operação; Avaliação de Desempenho; Melhoria; Análise Critica. As normas do sistemas de gestão possuem seus próprios requisitos específicos, porém as seis categorias relacionadas acima estão presente nelas e podem ser adotadas como eixo central para a integração das normas. Integrar esses sistemas é um grande desafio para as organizações. Dizer que um sistema de gestão é integrado não significa apenas que os requisitos das normas são tratados de maneira agrupada, no mesmo documento ou que as auditorias são realizadas no mesmo momento. 

A integração vai além do agrupamento de requisitos – ela considera a sinergia que cada assunto pode ocasionar. O foco no cliente, no ambiente, na saúde, na segurança, na responsabilidade social e na própria organização deve ser equilibrado visando o atendimento de todas as partes interessadas. Esse pensamento pode ser considerado como o início para a estruturação de um sistema de gestão integrado.

13.5.2 Aspectos a serem considerados

A lavanderia necessita que seus fornecedores de produtos, equipamentos, serviços e clientes estejam eficazmente comprometidos com a sustentabilidade. A gestão sustentável inicia nos clientes e fornecedores da lavanderia. 

Aos clientes cabe a responsabilidade na aquisição de tecidos e formas de cuidado com o uso dos mesmos (vida útil). Precauções com danos e manchas que podem resultar no aumento do consumo de produtos, água, energia e insumos para removê-las.

Aos fornecedores cabem alternativas de melhoria pela incorporação da tecnologia, segurança, praticidade, redução de insumos e recursos como água, energia etc.. Para os fornecedores de produtos químicos a responsabilidade está na adequação e eliminação de insumos que ofereçam riscos a saúde humana e ao meio ambiente e racionalização no uso e consumo no processo de lavagem. Em outros insumos como combustível (sólido, liquido e gás), material de apoio como plásticos, utensílios etc, a conscientização na redução dos desperdícios ou alternativas sustentáveis dos mesmos.

Na transparência organizacional, a relação com tributos, encargos, sociais e trabalhistas com empregados, associações e sindicatos patronais e de empregados devem estar pautada na ética e justiça.

A integração e ampliação do foco da visão pontual para a visão sistêmica do ambiente pode contribuir no realce do comportamento sustentáveis na lavanderia. A lavanderia é um sistema complexo. Ações cartesianas não permitem que a mesma seja considerada como um ambiente saudável e sustentável. 

A certificação do SQS está num patamar de garantia básica na piramide da qualidade. A não inclusão do fator econômico e o cuidado com as relações institucionais não o qualifica o SQS como um selo para certificar a lavanderia como uma empresa sustentável.

BIBLIOGRAFIA
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Bruno Filho, Laércio. A arquitetura da sustentabilidade empresarial, http://www.agsolve.com.br/noticia.php?cod=2607 03/11/2009
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FARIAS, Roberto Maia, Manual de segurança na higiene e limpeza, métodos, processos e produtos para ambientes, cozinhas e lavanderias. Caxias do Sul-RS: Educs, 2011
FARIAS, Roberto Maia, Manual para lavanderías, a revolução na arte de lavar, Caxias do Sul-RS: Educs, 2006
PRAHALAD, C.K; HAMEL, Gary. Competindo pelo furtuo, Rio de janeiro-RJ: Elsevier, 2005.
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TACHIZAWA, Takeshy, FARIA, Marília de Sant´Anna. Criação de novos negócios. Gestão de micro e pequenas empresas 2ª ed. Rio de janeiro: FGV, 2004.
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TACHIZAWA, Takeshy, MENDES, Gildásio Mendes. Como fazer monografia na prática. 12ª ed. Rio de janeiro: FGV, 2006.
TACHIZAWA, Takeshy, Organizações não governamentais e terceiro setor 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
URL: http://www.redibec.org/IVO/rev5_06.pdf / Azevedo, Ana Luísa Vieira de, 2006. Revista Iberoamericana de Economía Ecológica Vol. 5: 75-93 Indicadores de sustentabilidade empresarial no Brasil: uma avaliação do Relatório do CEBDS.
1 Programma Promozionale finanziato dal Ministero dello Sviluppo Economico - a cura dell’Ufficio ICE di San Paolo Il programma editoriale è curato dall’Area Prodotti Informativi - Editoria Elettronica. (FEBBRAIO 2011)
Sindicato das Lavanderias de São Paulo.
Selo de Qualidade e Sustentabilidade. Agrupa os requisitos da ISO 9001:2008 (Qualidade), ISO 14001:2004 (Ambiental) e OHSAS 18001:2007 (Segurança e Saúde no Trabalho) Sindicato Patronal de Lavanderias de São Paulo. Referencial normativo ref.001 versão jul.2011.
http://www.bureauveritas.com.br/wps/wcm/connect/bv_br/Local/Home/bv_com_serviceSheetDetails?serviceSheetId=2080&serviceSheetName=Certifica%25C3%25A7%25C3%25A3o+SA+8000+e+NBR+16001
La presente pubblicazione rientra nel programma editoriale dell’Istituto – collana “INDAGINI PRODOTTO” - ed è stata realizzata nell’ambito del Programma Promozionale finanziato dal Ministero dello Sviluppo Economico - a cura dell’Ufficio ICE di San Paolo Il programma editoriale è curato dall’Area Prodotti Informativi - Editoria Elettronica. (FEBBRAIO 2011)

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